Talvez eu não leia tantas poesias quanto gostaria, mas de vez em quando encontro uma com a qual me identifico, que me faz refletir sobre a vida, sobre tudo e todos que estão ao meu redor. E essas poesias são as que acho que valem a pena serem lidas. Dependendo do poema, em poucos segundos de leitura, viajamos por muito tempo no que a poesia trata, nos relacionando seja direta ou indiretamente com que ela quer dizer. Compartilho aqui duas poesias das mais lindas que li ultimamente. A primeira, vi sendo recitada pela personagem "Vivian", na série "Um Maluco no Pedaço", no final do episódio "Sociedade do poeta vivo''.
TRÊS FORMAS DE HISTÓRIA E CULTURA
Eu penso no tempo
em que estarei tranqüilo...
Quando as vaidades
e as paixões fúteis se consumirem,
e os meus olhos, minhas mãos
e minha mente
poderão enternecer...
Finalmente...
E as canções serão suaves
e flutuarão no ar...
A segunda encontrei por acaso, enquanto procurava pela primeira. Ela é bem reflexiva também e tão profunda quanto.
O TEMPO
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
(Mário Quintana)
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
o que essa poesia "TRÊS FORMAS DE HISTÓRIA E CULTURA" quer dizer?
ResponderExcluirConheço pouco desse autor ou quase nada, mas com base em algumas pesquisas e leituras feitas sobre ele, é possível dizer que Amiri Baraka foi e ainda é um grande ativista político a favor dos direitos dos negros. Além de poeta também é dramaturgo e boa parte de suas obras, tanto no campo da poesia como na dramaturgia eram voltadas para a defesa do povo negro.
ResponderExcluirAgora, se nos basearmos nessa linha, esse poema pode englobar principalmente suas áreas de atuação, tanto da poesia como a do teatro, fazendo uma crítica a influência política e cultural que a comunidade negra vem tendo ao longo da história.
Porém, essa poesia dá margem para outras interpretações, podendo ser usada como crítica também ao nosso meio de cultura atual em muitos meios influenciáveis que temos hoje em dia.
muito obrigada pelo esclarecimento
ResponderExcluirDe nada, eu que agradeço e fique sempre a vontade para perguntar qualquer coisa, eu estarei a disposição, abraço.
ResponderExcluirAcredito que o poema esteja falando das fases da vida, aqui a velhice. Ele possui outros poemas bem mais engajados no que se refere a uma crítica política ou cultural, como o amigo acima disse. Tive a oportunidade de ler algumas dissertações e teses (mestrado e doutorado) sobre ele e acredito que, pelo menos a primeira, nesse caso em específico, descreva um momento de calmaria, de amenidade que, supostamente, encontramos na terceira idade...
ResponderExcluirTambém interpretei dessa maneira... Ele fala de uma utopia que só considera realização possível apenas no dia em que a morte lhe toca.
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